quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Chakras


·         Origem da palavra: Chakras ou centros de força, segundo a denominação sânscrita significa "roda" ou disco, "disco giratório".
·         Localização: estão situados na superfície do corpo elétrico a cerca de seis milímetros da superfície do corpo físico.
·         Formato: como vórtices aspiram e expelem forças que influem tanto no plano sutil quanto no denso.
·         Função: captar e distribuir a energia chamada de Prana, que mantém a vida do corpo físico, além de transmitir a consciência espiritual à memória física.
·         Quantidade: vários textos tântricos asseguram que há no mínimo 88.000 deles, mas assume-se que sejam trinta chakras maiores, alguns deles situados em lugares tão incomuns quanto a ponta do nariz, todos eles interconectados por canais sutis de energia, os equivalentes psíquicos dos nervos, artérias e veias, que são chamadas de nadis. Sete desses chakras são considerados de maior importância .
·         Os sete principais chakras: dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do corpo humano e com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que o prana flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado - e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
  • Sushumna – Ida – Pingala - Nadis
Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico (Nadi) principal chamado "sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e "pingala" à direita.
Os nadis conduzem e regulam o "prana" (energias yin e yang) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas,  meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.
Nosso corpo físico tem pontos, que quando ativados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. Os ásanas, bandhas e pranayamas ativam esses pontos e através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas.


1º  CHAKRA: Muladhara  (Chakra Raiz)

Nome em sânscrito: MULADHARA    (Base/fundamento)
Mantra: LAM   Respiração: apána
No corpo: base da espinha. Influi nos músculos – sentido do olfato – órgãos de eliminação
Cor: Vermelho.
Elemento: Terra. (prithvi) – estabilidade/suporte

Bandha: MulaBandha (contração esfíncteres)

Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas, podendo gerar excesso de peso e no campo energético depressão.
Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormônios, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no local, no campo energético estimula a ganância.

2º CHAKRA: Svadhisthana (Chakra orgão genital e base da barriga)

Nome em sânscrito: SWADHISTANA
(Morada do Prazer)
Mantra: VAM   Respiração: Prána
No corpo: abaixo do umbigo -  Influi na gordura – órgãos reprodutivos – sentido do paladar.
Cor: Laranja.
Elemento: Água (jala)  fluidez/ suavidade
Bandha: Uddiyana Bandha (contração baixo ventre)

O segundo chakra também chamado esplênico, sacro ou do baço, é responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis, que a seguir são distribuídas pelo corpo. Quando esse chakra é estimulado, propicia uma boa captação energética.

3º CHAKRA: Manipura (Chakra do umbigo)

Nome em sânscrito: MANIPURA  (Cidade das Jóias)                                                  
Mantra: RAM   Respiração: samána
No corpo: Zona da barriga – sentido da visão
Cor: Amarelo                                          
Elemento: Fogo. (tejas) – calor/ energia

O terceiro chakra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional, baixa auto-estima e a possibilidade de doenças crônicas.

4º CHAKRA: Anahata (Chakra do plexo solar)

Nome em sânscrito: ANAHATA (Invicto; Inviolado)                                       
Mantra: YAM       Respiração: prana
No corpo : Coração – sistema sanguíneo - sentido do tato
Cor: Verde (cura e energia vital); Rosa (Amor).
Elemento: Ar (vayu) – leveza/ movimento  


O quarto chakra situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. Sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Na tradição católica este chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo. Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.

5º CHAKRA: Visuddha (Chakra Laríngeo)

Nome em sânscrito: VISHUDDA (O purificador)                                                 
Mantra: HAM    Respiração: udána/bindu
No corpo: garganta. Influi tireóide, paratireóide  - sentido  da audição                                                      
Cor: Azul claro.
Elemento: Éter (akasha) – abertura/ expansão 
Bandha: jalandhara bandha 

Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento, conexão com a verdade interior e com o mundo externo. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.

6º CHAKRA:Ajna (Chakra Frontal)

Nome em sânscrito: AJNà (O Centro de comando)
Mantra: OM
No corpo: testa, entre as sobrancelhas, faculdades cognitivas.
Cor: Azul índigo.
Elemento: Luz.

O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção sutil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana.


7º CHAKRA: Sahashara (Chakra Coroa)

Nome em sânscrito: SAHASHARA (O Lótus das mil pétalas)
Mantra: AUM
No corpo: no topo da cabeça, bem no centro, designa o plano transcendente.
Cor: Violeta e Branco.
Elemento: Todos os elementos.

O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chacra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.


Os Sutras de Patanjali e os 8 angas


O Yoga Sutra de Patanjali,  um dos textos mais importantes sobre Yoga que se tem conhecimento, datado de aproximadamente 150 DC, sistematiza a técnica yogui  detalhadamente, idéias e práticas existentes desde 5.000 a.C.
No capítulo I, Samadhi Pada discorre sobre a  teoria do conhecimento, movimentos da consciência, êxtase. No II , Sadhana Pada, sobre os meios de realização, ética e ashtanga yoga, os 8 angas (ou partes), os ensinamentos filosóficos básicos. No III, Vibhuti Pada, trata sobre os poderes psíquicos, e no último, IV, Kaivalya Pada, sobre o isolamento do espírito e a libertação.
Tendo compilado e sistematizado a essência da filosofia do Yoga, Patanjali compôs 195 aforismos (sutras) que constituem uma espécie de mapa do psiquismo humano contendo instruções para o homem descobrir a sua essência e desenvolver todo seu potencial.

“Yoga Citta Vritti Nirodhah”
O aquietamento das ondas mentais é Yoga
Livro 1 - Samadhi Pada - Sutra 2

O sistema de Patañjáli, também chamado de ASHTANGA YOGA, o Yoga de oito partes, designa as oito subdivisões em que a técnica yogui está dividida. Cada um dos membros depende do anterior, como uma escada, numa unificação cada vez maior da consciência ou uma purificação progressiva.

fundamento do Yoga, como de toda espiritualidade autêntica, é uma ética universal.

Yama niyamasana pranayama pratyahara dharana dhyana samadhaio stav angani
Livro 2 - Sadhana Pada - Sutra 29

1. yamas – as restrições, a ética de conduta moral social

AHIMSA – não violência – (perceber seus limites; não abusar; ser gentil...)
SATYA – veracidade – (ser honesto consigo mesmo; não pretender ser o que não é;transparência...)
ASTEYA – não roubar – (inclui não sugar a energia dos outros, o espaço, a privacidade, o estilo...)
BRAHMACARYA – castidade, discernimento, comedimento-(não exceder na satisfação dos sentidos)
APARIGRAHA – não- cobiçar, não possessividade – (conquistar com a prática; reconheça o q possui)

2. nyamas – as recomendações, princípios de autocontrole

SAUCHA – pureza, limpeza – (do corpo, do ambiente, dos pensamentos, desejos...)                                                                                                             
SAMTOSHA – contentamento - (satisfaça-se com o seu melhor de hoje; valorize o que já possui....)                                                                                                            
TAPAS – determinação, austeridade, calor – (esforço na disciplina leva à conquista; foco no esforço...)                                                                                  
SVADHYAYA – estudo das escrituras e de si mesmo – (auto-observação...)
ISHVARA-PRANIDHANA – entrega ao senhor, ao destino, ao universo (desapego dos frutos da prática....)

3. ásanas – posturas psicofísicas devem ser firmes e confortáveis, mantendo atenção e o sentimento; função principal criar uma infra estrutura fisiológica para suportar e facilitar o despertar da kundalini

4. pranayamas – consciência e controle da energia vital através da respiração (insp.....exp....)

Prana é energia, quando a força vitalizante invade o corpo. Ayama significa estender, expandir, regular.

5. pratyahara  - interiorização , recolhimento dos sentidos, afastando-o dos objetos para que a consciência não se disperse.

6. dharana – concentração, foco em um único ponto (objeto, som, figura...),

7. dhyana – manter a observação contemplativa regular e profunda no foco    

8. samadhi – a fusão com objeto gerando êxtase, absorção ou estado de superconsciência



Power Yoga ou Hatha Vinyasa Yoga e seus benefícios

Yoga é uma antiga filosofia de vida que se originou na Índia há mais de 5000 anos e é considerado o mais antigo e holístico sistema para colocar em forma o corpo e a mente.  Literalmente, Yoga significa união, pois visa unir e integrar o corpo, a mente e as emoções para que o ser humano seja capaz de agir de acordo com seus pensamentos e sentimentos.

A prática do Yoga induz a um profundo relaxamento, tranqüilidade mental, concentração, clareza de pensamento e percepção interior juntamente com o fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade.

O Power Yoga,ou também chamado Hatha Vinyasa Yoga, é apenas um estilo de praticar o Hatha Yoga combinando a prática de posturas e movimentos fluidos acoplados a uma respiração dinâmica.  Sua prática é tridimensional, ou seja, o corpo, a respiração e a consciência são trabalhados em conjunto.
Sua origem está na combinação de técnicas já consagradas, do Hatha Yoga e do Ashtanga Yoga, principalmente desse último método, redescoberto em manuscritos antigos pelo Mestre Krishnamacharya de Missore , que chegou a ensiná-lo nos palácios dessa cidade do Sul da Índia e deixou seu legado principalmente a dois de seus discípulos: B. K. S. Iyengar e Sri K. Pattabhi Jois.
As técnicas mais utilizadas são os Ásanas, Pránáyáma, Yoganidra e Meditação.




Principais efeitos do Power Yoga:
·         desenvolve o tônus muscular,
·         alonga os músculos devolvendo agilidade aos movimentos;
·         amplia a capacidade pulmonar;
·         fortalece o sistema cardiovascular e harmoniza o endócrino;
·         reduz o estresse;
·         aprimora o alinhamento da postura;
·         melhora a circulação sangüínea;
·         aumenta a resistência física, equilíbrio, e consciência corporal.



quarta-feira, 20 de março de 2013


A Aula da Lua Cheia Vermelha
... é dando que se recebe ...

Lua cheia,  13 de setembro de 2011. Collaroy Beach, Tasman Sea, Sydney, New South Wales, Australia.

A prática de yoga estava marcada para o final da tarde, à beira do mar, entre a areia e a casa (do Quarteto Fantástico), no gramado verde e macio. 

Minha iidéia era conduzir uma aula para saudar a lua cheia que ía surgir no horizonte, entre o céu e o mar da Tasmania.

O Pic Nic para o pós-aula já estava montado numa cesta: castanhas, frutas, sandwiches, salgadinhos, TimTam (bicoito recheado de chocolate típico Australiano), sucos e vinhos. Confraternização entre amigos, curtindo a aula de yoga de uma mãe visitante professora, requisitada pela turma a dar uma aulinha sempre que possível.

Para minha surpresa e delírio, além de visitar minha filha querida e meu genro,também querido, que registrou tudo com essas fotos , eu compartilhava seus amigos maravilhosos que me pediam o que mais eu queria fazer , Yoga, além de estar com eles e visitar o país.


Cenário e personagens perfeitos! E ainda um dia auspicioso conforme constatei ao consultar o calendário hindu.

 Subha Shivaloka Day
O  Panchangam é um calendário que faz parte da tradição hindu, inicialmente transmitido de pai para filho,  usado como uma ferramenta de planejamento que oferece informações relativas ao tempo e as energias que atuam em cada dia. Com esse conhecimento é possível planejar as atividades de cada dia para estar em sintonia com o universo e fluir  melhor.
Analisando posteriormente o Panchangam do dia da aula da lua cheia, seguindo as informações do Kadavul Hindu Calendar (www.aryabhatt.com/astrology) e relembrando as aulas que tive com meu professor Anderson Allegro, constatei que a energia do dia estava regida pela  constelação chamada Utaraprostapada, favorecendo as  ações que envolvem cuidar dos outros e que busquem sabedoria, conhecimento, alegria e habilidade mental.

Este calendário considera 27 constelações além das 12 do zodíaco, formando um círculo maior que a eclíptica em torno da terra e dos planetas que passam por ela. Combina a energia de cada planeta com a constelação, principalmente por onde a lua passa, já que é esse o planeta que influencia as atividades do dia a dia, de acordo com o Panchamgam.
Nos dias de Lua Cheia, Purnima, recomenda-se fazer oferendas. A oferenda da nossa aula foi a atenção, o tempo e a prática dedicadas àquele momento energético único. Naquele dia o calendário marcava um momento propício para iniciar coisas que vão gerar resultados duradouros. Nossa amizade e cumplicidade naquele ritual lunar estavam abençoados! Subha Shivaloka Day é considerado auspicioso e propicia uma conexão espiritual muito intensa entre o mundo físico e o dos deuses,  como se esses  mundos estivessem  separados apenas  por uma malha fina e transparente. Por essa interpretação, nesse dia  os Deuses podem inspirar as pessoas espiritualizadas e através delas influenciar o mundo.

A aula: um ritual mágico
Mats no gramado, amigos, velas, luzes amareladas vindas da rua, céu estrelado, ar ainda gelado de final de inverno...  Vários Suryas e Chandras  Namaskaras (sequências de posturas da Saudação ao Sol e à Lua) foram nos aquecendo e fomos nos incorporando àquele cenário, saudando à vida, honrando aquele momento divino, único, em contato com a natureza, envolvidos pelo clima de amizade, conscientes dos nossos corpos e de nossa respiração. Os movimentos foram fluindo em ásanas que se encaixavam perfeitamente, nos posicionavam no tempo, no espaço, no encantamento do presente, alinhando nossos chakras para fluir o prana e promover  a vitalidade no corpo físico, sutil e etéreo.
Nenhum planejamento  de aula era necessário. Ao contrário, só cabia ali deixar  fluir a intuição, a sensibilidade e não permitir que a mente interferisse naquela conexão natural e total com o momento, com os elementos, com as pessoas e suas energias. O desafio era deixar-se levar pelo som mântrico das ondas do mar que batiam suavemente e se quebravam na areia, numa cadência infinita, conduzindo o ritmo das nossas respirações (Ujjayi), mantendo o contínuo pulsar dos movimentos entre a terra e o firmamento.
Aos poucos o céu no horizonte foi tingido de vermelho e as águas do mar brilhantes como labaredas  refletiam  um caminho de luz cintilante alaranjada. A luz da lua aumentando,  escancarando,  iluminando e revelando a escuridão da noite.
Escandalizados com a beleza daquela  visão no horizonte,  fomos nos sentando, embriagados por aquela  luz  que dava à lua o brilho dourado típico do sol nascente. Era o nascer da noite! Parecia que em algum momento os planetas, assim como o céu e o mar, se tornavam  um só, e a cor do sol passava  pela luz da lua e iluminava nós ali na terra, nos tornando  unos com o universo.
A aula dos Maha Bhutas, dos grandes elementos (terra, água,fogo,ar e  espaço) foi um presente da  mãe natureza, que os contém e os domina, e só coube à professora conduzir os alunos para se deixarem levar por essas forças, sentindo-as e incorporando-as na forma dos ásanas e das respirações.  
O grande aprendizado foi reconhecer que “ é dando que se recebe”  e a oferenda da prática nos deu um momento de aprendizado inarrável.


Quando o universo conspira à favor, e nós não atrapalhamos, a vida acontece e flui, nos surpreende e nos faz felizes.
Para finalizar aquele momento divino, o Pic Nic recebeu um convidado inesperado e especial, um vizinho atraído pelo momento mágico  veio contar histórias e tocar gaita, cantar e celebrar  conosco o ritual da Lua Cheia Vermelha.











fotos: Marco Estrella

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Viagem Fantástica!

Três semanas fantásticas na Austrália! agosto e setembro de 2011.
Boas lembranças, fatos, fotos que remetem à vida vivida. E há aquela necessidade interna de colocar pra fora, falar, escrever no papel, ver na tela, rever imagens, de qualquer forma fazer transbordar as sensações dessa experiência Australiana, sem a preocupação estética ou literária. Sem julgamentos ou limites. Sem a menor pretensão de escrever um roteiro turístico ou o compromisso de fornecer localizações, história, dados precisos, detalhes sobre os lugares e fatos. Apenas registrar reflexões, emoções, imagens....pelo puro prazer de revivê-las, de alguma forma imortalizá-las!

Já tentei várias vezes começar a escrever, mas sempre me escapa o foco. Parece que deixei meus óculos na terra dos cangurus e coalas...do povo “cool” que anda descalço, tem boca seca, pele bronzeada,surfa até avançada idade, incentiva suas crianças ainda muito pequenas a andar de bicicleta, patinetes, pegar onda. Parece que já há uma vocação natural impressa no DNA pedindo para aproveitar a natureza esplêndida dessa ilha continental, Austrália, generosa em sua costa marítima com 37 mil quilômetros de extensão. Espaço, vento, água, pedras e montanhas altíssimas, recifes e penhascos de milhões de anos.

Poderia começar falando sem parar dessa beleza estonteante das praias de NSW. Afinal, foi onde eu mais andei e amei!

Pesquisando um mínimo sobre a história de New South Wales, na básica Wikipédia,fiquei sabendo que é o mais populoso estado Australiano (7,5 milhões de pessoas=33% do total da população do país),localizado no sudoeste, fundado em 1788, cuja capital é Sydney. Terra originalmente pertencente às tribos indígenas de Aborígenes há 40 ou 60 mil anos atrás, descoberta pelo capitão James Cook em 1770 e colonizada pela Inglaterra inicialmente pelo capitão Arthur Phillip, empossado primeiro governador em 1788. Até 1792 foi uma colônia penal usada pela Inglaterra para exilar prisioneiros num lugar remoto. No período entre 1810 e 1821, com o governador general Lachlan Macquarie no comando, houve um desenvolvimento social, arquitetônico e econômico, uma transformação que permitiu a Austrália passar de uma colônia penal a um estado livre.

  

Parece que até Charles Darwin ficou fascinado sobre a origem geológica e a formação dos grandes vales Australianos quando esteve lá em 1836.

Eu, apenas mais uma turista que ficou “estonteada” com as lindas praias de areias rosadas, margeadas por pinheiros!? (quem plantou essas árvores aí??)


Collaroy Beach


rochas vermelhas saindo da areia,
Fishermans Beach

e
placas de pedras (vulcânicas??)interpostas,perfeitas, em
Fishermans Beach

 
Recifes e altíssimos penhascos,Long Reef

pássaros cantantes e falantes (sábios?),
pássaro símbolo (o sábio!): Laughing Kookaburra

 
Cockatoo – voando por todo canto...comendo frutinhas e nozes- The Basin

 
Pelicanos esperando os pescadores trazerem peixes

Fishermans Beach

??que bicho é esse ??? em plena City, no Hyde Park

mar abundante de baleias em Long Reef


e seres estranhos
Tipo água viva, venenosos,ou
Bravos como o Tasman’s Devil, que mais parece um ratão, no Taronga Zoo, e
Fofos walabees, um tipo de canguru menor, No The Basin

Ou dorminhocos Koalas



E Focas inteligentes e treinadas
No show do Taronga Zoo.

A natureza traz ventos cantantes, céu azul sem fim ...
Em Avalon Beach
no
Parque aquático de Naurabeen

em
Blue mountains no Park Nacional
Com as Three Sisters grandes guardiãs da terra.




em
LONG REEF: o lugar do canto dos espíritos e do canto das baleias
Do Alto de Long Reef

Um dos meus passeios prediletos foi caminhar pelas praias, sair de Collaroy (onde fiquei morando na casa da minha filha, razão da minha viagem) passando pela Fishermans Beach até Long Reef, uma Reserva Aquática, onde uma placa em forma de livro lembrava onde eu estava: num incrível continente antigo com 37.000 km de costa marítima. Algumas rochas com milhões de anos de idade e plantas ancestrais, além de comunidades animais únicas. Lá do alto, avistando o mar aberto e profundo, o oceano gigante do Mar da Tasmânia, baleias eventualmente mostram sua beleza e majestosidade (essa palavra existe?).
Algumas frases gravadas em placas de metal cravadas em pedras ou pedestais informavam e invocavam reflexões.




“No final, Nós vamos conservar somente aquilo que amamos,
Nós vamos amar somente aquilo que entendemos,
Nós vamos entender somente aquilo que somos ensinados. “

Baba Dioum
Ecologista Africano







THE SPIRIT OF LONG REEF HEADLAND
O Espírito do Promontório de Long Reef (recife longo)

Em uma noite tranquila e silenciosa você pode ouvir os espíritos de Long Reef cantando na brisa do oceano. Eles usam suas maravilhosas vozes para atrair para perto da praia as baleias que estão migrando. Elas respondem com suas canções e, lá do topo do promontório, você pode vê-las à distância.

Os espíritos de Long Reef nutrem e cuidam de todo o ecosistema da região e tudo que entra em seu ambiente. Mas eles não podem fazer isso por eles mesmos. Precisam da ajuda do espírito daqueles que visitam esse lindo lugar.
Gordon Hookey, 1997
Placa oficial da inauguração do Promontório de Long Reef
pelo prefeito de Warringah – 31/5/1998